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segunda-feira, 6 de maio de 2024

Criar o lar: uma tarefa comum que dá sentido ao trabalho

Criar o lar: uma tarefa comum que dá sentido ao trabalho | Opus Dei

Criar o lar: uma tarefa comum que dá sentido ao trabalho

O ritmo de vida atual parece colocar um dilema: ou trabalho ou filhos; ou você trabalha ou cuida da casa; parece impossível fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Artigo da série sobre o amor humano.

12/01/2016

Para conhecer o plano de Deus para o homem e a família é preciso voltar às origens. “Ortega y Gasset recorda a história do explorador do Polo que depois de apontar com sua bússola para o norte, corre com seu trenó (...) para comprovar que se encontra ao sul da sua posição inicial. Ignora que não viaja por terra firme, mas sobre um grande iceberg, que navega veloz na direção oposta ao seu caminho. Também hoje, muitos com boa vontade apontamos a nossa bússola ao norte para avançar, ignorando que navegamos sobre o grande iceberg das ideologias e não sobre a terra firme da verdade e da família”[1].

No berço da humanidade, estão as pautas necessárias, a bússola que marcará sempre o norte.

A primeira dessas pautas ou chaves indicadas no Gênesis é que fomos criados para amar e ser amados, e isto se realiza no “serão uma só carne”[2] de homem e mulher, um dom de si enriquecedor e fecundo, que se abre para novas vidas. O casamento, configurado como entrega recíproca, como chamado ao amor, seria uma primeira pauta.

A segunda deriva da anterior, e se concretiza no mandato divino: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e dominai-a”[3]. Aqui aparece a conexão entre família (multiplicai-vos) e trabalho (dominai a terra), inseparavelmente unidos num mandato único. Ou seja, desde que Deus cria o homem deixa clara a obrigação de trabalhar, e também o sentido profundo do trabalho: não se trata da mera realização pessoal, de um capricho, ou de um passatempo, mas de transformar a terra para convertê-la em lar. Desde a origem da humanidade, trabalho e família vão unidos e o sentido do trabalho não é outro que o de servir à família. É uma forma de entrega – como o era a dos esposos Adão e Eva –, um dom de si, nunca um dom para si mesmo.

Perdido o sentido da família, perdido o sentido do trabalho

No entanto, no último século e meio houve – ao menos nos países mais desenvolvidos – uma ruptura, e dá a sensação de que família e trabalho, que na sua origem são inseparáveis, são agora incompatíveis. A família aparece como um obstáculo para o trabalho, e vice-versa. Ser mãe, por exemplo, converteu-se para muitas mulheres numa desvantagem no trabalho. Então, onde fica aquele preceito do Gênesis? O que era um único mandamento, e vocação original, transformou-se, para muitos, em um dilema: o trabalho ou os filhos, ou trabalhar ou cuidar da casa, as duas coisas parecem impossíveis juntas.

É significativo que esta contraposição coincida no tempo com a crise da família. O que pode levar-nos a pensar que uma crise tenha levado à outra, já que as suas raízes se comunicam. A perda do sentido da família levaria automaticamente à perda do sentido do trabalho. Pois, de fato, em muitos casos, não se concebe o trabalho como um serviço para a família, mas como um fim em si mesmo; e não há lar, ou são lares desfeitos, esquecidos, onde falta o calor familiar.

Criar o lar: uma tarefa comum que dá sentido ao trabalho | Opus Dei

Ao produzir essa contraposição, em muitos países do Ocidente se inverteram os termos: a empresa se apresenta como uma família, e a família se reinventa como uma empresa, com divisão de funções e cotas paritárias, tal como observava Arlie Hochschild num estudo com título eloquente: “Quando o trabalho se converte em casa e a casa se converte em trabalho”[4].

Mas seria errado pensar que o ambiente do lar se alcança através de cotas paritárias ou uma espécie de divisão de trabalho. Alcança-se, em vez disso, recuperando o verdadeiro significado da família e, ao mesmo tempo, o verdadeiro significado do trabalho. A verdadeira conciliação não depende – somente – das leis do Estado, mas fundamentalmente de que marido e mulher se conciliem. Porque eles são os verdadeiros artífices do lar. São livres para trabalhar fora de casa e ter filhos, escolhendo recuperar o trabalho do lar.

Isto resolveria o dilema ao que antes nos referíamos.

Depois virá a tentativa de transformar as leis para que o Estado facilite essa escolha a serviço da família, e conseguir uma cultura empresarial nessa linha. Porém primeiro devem ser as próprias famílias, os esposos, que reconquistem o verdadeiro sentido do trabalho como dom de si e serviço ao cônjuge e aos filhos. Algumas mães optarão por manter uma atividade profissional fora de casa e outras se dedicarão plenamente ao lar, sendo as duas opções igualmente legítimas e, em primeiro lugar, sabendo que o trabalho é serviço e não um fim em si mesmo.

O lar, primeiro passo para superar a crise da sociedade.

Construído assim, o lar se converterá em ponto de encontro das duas realidades, família e trabalho. O lar como lugar do dom de si e do amor dos esposos, e, portanto da verdadeira conciliação; e como tarefa comum que cabe a todos os membros da família. A casa não é só abrigo para descansar e depois voltar ao trabalho, mas o lugar do amor sacrificado, a escola de virtudes, e a melhor resposta ao mandamento de “crescei e multiplicai-vos e dominai a terra”.

 Criar o lar: uma tarefa comum que dá sentido ao trabalho | Ismael MS / Harambee

Sem sair das quatro paredes do lar pode-se transformar o mundo: “atrevo-me a afirmar que, em boa parte, a triste crise que agora padece a sociedade está enraizada no descuido do lar”[5].

Se o centro do lar é o amor dos esposos que transmite vida e se irradia aos filhos, seus eixos são o leito conjugal e a mesa, entendida como espaço de convivência entre pais e filhos e entre irmãos, lugar de ação de graças a Deus e de diálogo. É significativo que os ataques mais duros à família se produzem aí. No primeiro caso, do hedonismo e da ideologia do gênero, que separam os aspectos unitivo e procriativo do ato conjugal; e no segundo, através do barulho gerado pelo mau uso da televisão, internet e outras tecnologias que tendem a isolar o adolescente, impedindo sua abertura aos outros.

Não é casualidade que uma das primeiras medidas que adotaram alguns regimes totalitários foi proibir a fabricação de mesas altas, e promover o uso de mesinhas baixas ou individuais; com isso a reunião familiar em torno da refeição ficava muito difícil. Atualmente, o abuso da televisão e da tecnologia – unido a outros fatores como o trabalho ou as longas distâncias – estão produzindo um efeito semelhante no seio das famílias.

A importância da mesa: ação de graças, diálogo, convivência

Devolver à mesa a sua categoria é uma forma de recuperar o ambiente do lar. Na mesa confluem os dois elementos do mandato duplo do Gênesis: a família, pais e filhos –“crescei e multiplicai-vos”–, e o fruto do trabalho –“dominai a terra”–. A mesa oferece a oportunidade de agradecer ao Criador o dom da vida e os dons da terra: é diálogo com Deus, também através da materialidade dos alimentos que recebemos da sua bondade; e tem uma função crucial educativa e comunicativa: os filhos se nutrem da comida, e também da palavra, da conversa, do debate de ideias, e até dos atritos e discussões, que contribuem para formar seu caráter.

Daí a importância de dedicar um tempo diário e específico à mesa. Se não é possível tomar o café da manhã ou almoçar juntos, ao menos convém reservar o jantar para promover esse espaço de diálogo e de convivência.

Um espaço que se prepara com tempo e vontade; que se constrói com renúncia e sacrifício; que inicia com a benção dos alimentos,[6] e que gira ao redor de uma conversa. É uma ocasião de ouro para os pais educarem não com discursos, mas com gestos pequenos, detalhes aparentemente insignificantes; e para os irmãos aprenderem a entender-se, colaborar, renunciar... Tempos e lugares compartilhados que formarão sua identidade, recordações memoráveis que os marcarão profundamente.

Uma tarefa estimulante que envolve todos, já que a oração, a ação de graças e o diálogo, mais do que a comida, é o que realmente alimenta e sustenta a família.

Apostar numa cultura da família supõe “sair” do iceberg de ideologias enganosas e recuperar o verdadeiro sentido do duplo mandato do Gênesis. E pode-se conseguir a partir de um perímetro tão modesto como as quatro paredes do lar, contorno paradoxal porque sempre é “maior por dentro do que por fora”, como descrevia Chesterton; resgatando a comunicação, o amor dos esposos, e a participação na mesa; deixando sempre um prato a mais..., para o caso de Deus querer vir jantar nesta noite.

Teresa Díez-Antoñanzas González y Alfonso Basallo Fuentes

___________________

[1] J. Granados, Ninguna familia es una isla, Burgos 2013.

[2] Gn 2,24.

[3] Gn 1,28.

[4] A.R. Hochschild, “When work becomes home, and home becomes work”, California Management Review (1997), 79-97.

[5] J. Echevarría, Carta pastoral, 1-06-2015.

[6] Cfr. Papa Francisco, Carta Encíclica Laudato si’, n. 227.

 Fonte: https://opusdei.org/pt-br

Solene Celebração Eucarística de Ordenação Episcopal

Celebração Eucarística de Ordenação Episcopal (arqbrasilia)

Solene Celebração Eucarística de Ordenação Episcopal na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida

Nesta quarta-feira (01/05), data em que a Santa Igreja celebra o Dia de São José Operário, o Cardeal Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília, presidiu a Celebração Eucarística de Ordenação Episcopal de Monsenhor Vicente Tavares, nomeado Bispo Auxiliar de Brasília, e de Monsenhor Carlos Henrique Oliveira, nomeado Bispo Diocesano de Tocantinópolis (TO), na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida.

01 maio 2024

Com a presença de um número significativo de Bispos, demonstrando a sucessão Apostólica que perdura desde Jesus Cristo, Dom Carlos Henrique Oliveira e Dom Vicente Tavares escolheram como Bispos co-consagrantes o Cardeal Sergio da Rocha, Arcebispo de São Salvador da Bahia Primaz do Brasil, e Dom Waldemar Passini, Bispo Diocesano de Luziânia e Presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB.

“Na vida do Bispo, o amor toma expressão concreta na tríplice missão de ensinar, santificar e governar aqueles que o Senhor lhe confiou. Nós apascentamos o rebanho de Deus. O Senhor não deu o rebanho para ninguém. Pastorear o rebanho de Deus significa buscar ter as mesmas atitudes que Deus tem para com o seu povo, o seu rebanho. Não ser pastores segundo as nossas esquisitices, nossas neuroses, mas buscando ser presença misericordiosa, pastorear com proximidade com os padres e com o nosso amado povo. O pastor exala para o nosso amado povo o bom odor de Cristo e, pela proximidade, possui o cheiro das ovelhas. Concluo, meus caros ordenandos, com a exortação final da homilia do ritual: ‘Vela, pois, por todo o rebanho dos fiéis a cujo serviço te colocou o Espírito Santo, para reger a Igreja de Deus: em nome do Pai, de quem és imagem entre os fiéis; Em nome do Filho, cuja missão de mestre, sacerdote e pastor exerces; em nome do Espírito Santo, que dá vida à Igreja de Cristo e fortalece a nossa fraqueza’ amém”, salientou o Cardeal Dom Paulo Cezar Costa, durante a homilia.

Muitos padres, diáconos, leigos, religiosos, familiares e grande número de fiéis participaram da Celebração Eucarística, em um momento de Ação de Graças pela oferta de vida dos dois novos sucessores dos Apóstolos.

“Estou muito feliz. Desde pequenininho eu imaginava que o caminho do meu filho seria diferente, porque ele sempre foi um menino muito bom, obediente, nunca teimou comigo, não falava palavrão. Uma pessoa muito boa de coração. Criei o meu filho não foi para ficar comigo e entendo que os filhos dele são as comunidades que Deus lhe confiar. Vou ficar com saudade, mas ele pode sempre me ligar. Hoje é um dia muito especial. Eu gostaria que o pai dele estivesse aqui para ver como o nosso menino se entregou à vontade Deus”, falou emocionada dona Maria da Assunção da Silva Oliveira, mãe do Dom Carlos Henrique.

A alegria dos familiares com a Ordenação dos novos Bispos foi contagiante. “É uma gratidão imensa. Essa é a terceira vez que venho à Catedral, é muita emoção. Eu não imaginava que ele seria Sacerdote um dia, ainda mais um Bispo. A gente morava na roça, ele trabalhava em uma empresa. Um dia ele me disse que faria um encontro vocacional e decidiu sair de Minas para vir estudar aqui em Brasília, no seminário. Eu só agradeço a Deus por tamanha graça de ter um filho que se dedica às coisas de Deus” disse dona Júnia Alves da Silva, mãe do Dom Vicente Tavares.

Dom Vicente Tavares, Bispo Auxiliar de Brasília, é o quinto filho de dona Júnia. As seis irmãs e o irmão marcaram presença na Celebração Eucarística e disseram o quanto estavam felizes. “A gente compartilha dessa graça muito grande. Antes de ser Bispo, ele é nosso irmão querido, que a gente ama, partilha os bons e maus momentos. Estamos agraciados com esse momento, imensamente felizes e continuaremos rezando para que ele possa seguir nessa missão que Deus o confiou. Nosso pai sempre acompanhava as celebrações ouvindo por um rádio, pois ele já não escutava direito. Meu irmão foi quem celebrou a Primeira Comunhão do nosso pai, quando ele já estava com 79 anos. Se meu pai estivesse aqui, estaria muito feliz. Há um ano, ele está no céu intercedendo por nós”, contou Cássia Tavares da Silva.  

No final da Celebração Eucarística, Dom Carlos Henrique e Dom Vicente salientaram a alegria em servir à Igreja de Cristo e pediram para que todos intercedam por eles nessa nova missão.

“Sicut qui ministrat” (Entre vós como servo) foi o lema que Dom Carlos Henrique escolheu para nortear a vida episcopal. “Elevo a minha alma em gratidão ao Deus uno e trino, fonte de tudo, fonte do amor. Aos meus pais, familiares e amigos que me acompanham com a oração e com a presença, que Deus os abençoe. A Dom Paulo Cezar, pai e pastor dessa Igreja Particular, na qual fui pela graça do Batismo feito filho de Deus e aqui servi como ministro ordenado durante muitos anos, quero expressar a minha gratidão por me confiar muitas atividades. Ao Clero de Tocantinópolis, obrigado pela presença neste momento ímpar da minha vida. No próximo dia 25 de maio assumirei oficialmente como Bispo, mas já os tenho em meu coração, na minha vida, nas minhas orações. Manifesto o desejo de trabalhar e fazer com que juntos na nossa Diocese possamos trilhar um caminho bonito de construção do Reino de Deus, que já está em curso. Ao meu querido povo de Deus aqui de Brasília, quero também manifestar a minha gratidão, pois me ajudaram em minha caminhada como padre a ser pai espiritual, amigo, confessor e diretor espiritual, cuidando das coisas de Deus.”, disse em seus agradecimentos.

Dom Vicente Tavares, cujo lema escolhido foi “Nolite Timere” (Não tenhais medo) manifestou a sua alegria em servir ao povo de Deus como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília. “Me senti muito acolhido, desde a Assembleia dos Bispos, e quero manifestar a minha gratidão ao Cardeal Dom Paulo Cezar e a todos os meus irmãos pelo episcopado. Aos nossos padres formadores e a todo o povo de Deus, muito obrigado pelas orações. A minha família, meu porto seguro que está aqui, a minha gratidão pelo esforço, pois a mineirada está aqui. Aos meus irmãos sacerdotes, obrigado pela presença, carinho e amizade. Peço que todos vocês continuem rezando por mim e por Dom Carlos. Que Deus nos ajude com a sua graça. Muito obrigado!”, finalizou Dom Vicente.

Para encerrar o momento de agradecimentos, o Cardeal Paulo Cezar salientou que ambos os Bispos ordenados são filhos da Arquidiocese de Brasília. “Dom Carlos, nós te levaremos a Tocantinópolis, mas tenha certeza de que aqui nesta Arquidiocese nós te geramos. Então, sinta-se sempre em casa aqui em Brasília. Dom Vicente, seja bem-vindo. Nos ajude nessa missão que o Papa Francisco nos confiou de ser presença na vida dessa nossa amada Arquidiocese, junto com nossos outros irmãos, Dom Antonio, Dom Denilson e Dom Ricardo. Você veio somar a esse nosso time. Alegria!”, frisou Dom Paulo Cezar, que em seguida deu a bênção final.

Confira no vídeo abaixo a Celebração Eucarística de Ordenação Episcopal:

https://www.youtube.com/watch?v=SFPJG95ph4M

 Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Chuvas no RS: criar laços de solidariedade e amizade social

Rio Grande do Sul - inundações | Foto de capa: Divulgação / CBMRS

O arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente do regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leomar Antônio Brustolin, compartilha o seu sentimento diante do agravo da situação.

Vatican News

Os temporais no Rio Grande do Sul causaram estragos em mais de 300 municípios gaúchos, fizeram um rio atingir a maior cheia de sua história, romperam parcialmente uma barragem e deixaram mortos, desaparecidos, centenas de ilhados e milhares de desabrigados.

O arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente do regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leomar Antônio Brustolin, compartilhou, por meio de um artigo, o seu sentimento diante do agravo da situação.

“Nesse momento, ao contemplarmos ao redor, vemos mortes, desabrigados, ilhados, pontes caídas, estradas bloqueadas, destruição de casas e de construções. Nosso coração fica perturbado, nos perguntamos: o que podemos aprender disso tudo? Não temos respostas. Também o mal físico é um mistério. Saber contemplar o mistério sem fantasia ou racionalismo é uma sabedoria”.

Dom Leomar Brustolin, arcebispo de Santa Maria (RS) | CNBB

Dom Leomar afirma que um grande flagelo veio sobre as cidades e vilas e que muito se perdeu. Garantiu que todos rezam por àqueles que partiram, mas aconselha que para os que ficaram, é necessário, diante de Deus, aprender a viver e a conviver. “Deus está conosco, disso temos experiência e somos capazes de solidariedade, sobre isso podemos enxergar”.  

“O profeta Isaías nos recorda que o próprio Deus, por meio de seu Cristo, veio e sempre vem para curar as nossas feridas, para anunciar nossa liberdade, para consolar os que choram, para dar alegria para quem vive na aflição, para nos vestir de salvação, com o manto da justiça, e nisso tudo se manifesta sua glória”.

O arcebispo enfatiza que não será a morte, o luto e as lágrimas que definirão a última palavra sobre a vida. Tampouco a destruição, o deslizamento e os alagamentos roubarão a esperança. “Somos um povo que sabe em quem depositou sua fé. A água que sacia a sede, limpa o que está sujo, refresca o calor e rega o que está seco, voltará a ser sinal de vida, de renovação e liberdade”.  

“Esse dilúvio que veio sobre nós não apagará de nossa memória os feitos que o Senhor realizou ao longo da história da salvação. Nós sobreviveremos e encontraremos razões para reconstruir nossas estradas e nossas casas, nossas vidas e de fato, podemos estar ilhados, mas não isolados”.

Dom Leomar garante que todos sabem o quanto o Pai os ama e reafirma que “não será um desafio grande como o que estamos passando que nos separará desse amor e da comunidade humana que Ele ama”.

“Para nós servem as palavras de Cristo dizendo: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou. Essa paz é tão clara e forte que não ficamos com o coração perturbado e nem intimidado”.

E conclama a todos a enfrentar mais essa provação: “Deus está conosco. Isso passará, iremos superar. Mas desde já colhamos os frutos bons desse momento, sempre há uma luminosidade sideral em meio à noite escura. Recordo aqui tantas instituições governamentais, militares e civis dedicadas na defesa da vida nesse momento”, disse.  

Campanha | CNBB

Campanha em favor das vítimas das chuvas 

Dom Leomar lembrou, ainda, que as comunidades paroquiais estão de portas abertas para acolher os desabrigados, alimentar os que perderam tudo, para atender as necessidades que emergem. “Como bem diz o Papa Francisco: somos comunidades que parecem Hospital de Campanha, que socorre imediatamente quem precisa”.

Recordou as comunidades que viram os caminhoneiros impedidos de viajar pelos bloqueios e lhes providenciaram refeições. “Recordo as coletas de doações que estão sendo realizadas em todo Estado especialmente pela CNBB Sul 3. Quanta luz de solidariedade. Tudo passa, mas esse amor já é consolação”.  

“Nossa fé em Cristo nos compromete para continuarmos criando laços de solidariedade e amizade social, pois podemos estar ilhados, mas não isolados. Deus abençoe todos que decidiram tornarem-se consolação para os outros”.

Fonte: CNBB

Foto de capa: Divulgação / CBMRS

https://www.vaticannews.va/pt

Educar o desejo

Educar o desejo (juliacoach)

EDUCAR O DESEJO

Dom Leomar Antônio Brustolin  
Arcebispo de Santa Maria (RS)

Temos um estilo de vida tão frenético que somos quase impedidos de meditar, refletir e até de rezar como precisamos. Muitas palavras perderam sua força, e nosso mundo se tornou prolixo demais. Somos inundados por uma torrente de palavras vazias. Muitas vezes nos encontramos numa rede de debates, discussões e argumentos que mais nos distraem da verdade e nos fazem cair em radicalismos que são desmascarados pelos fatos. 

Nossos percursos individualistas já não conseguem equilibrar as pessoas e os contextos que conhecemos. Reclama-se da crise de valores, mas esquece-se das questões comunitárias e públicas, preferindo que cada experiência individual seja eterna enquanto dure.   

Atualmente a necessidade transformou-se em escolha, porque o indivíduo, livre de tradições e controle social, começa a autoconceber-se como uma divindade, moldando a realidade de acordo com seus próprios desejos.  Na expansão do desejo vale o que o ser humano tem e não o que é. Hoje se deseja tudo e ao final se consome até os desejos. Um sonho de consumo, aos ser consumido, é um sonho consumado.  

O desejo de ter é legítimo, mas corre o risco de tornar-se uma forma de egoísmo refinado. O uso cada vez mais intenso das drogas revela como o humano quer dilatar o tempo do prazer, mesmo que seja uma felicidade artificial. Importante é buscar um momento de fuga da realidade e adentrar numa sensação de excitação e força.  

Urge passar dessa dilatação do desejo para a educação do desejo. Este, semanticamente se origina de de-sidera, isto é, originado nas estrelas. Com isso, desejar é buscar as alturas, o céu, a espiritualidade, para além dos limites deste mundo.  

Perder o desejo das coisas do alto é perder o sentido de eternidade. Hoje muito se fala em necessidade de espiritualidade, quase virou moda ter uma espiritualidade sem religião, ou pior, quase antagonizando uma à outra. Ocorre que não se busca uma espiritualidade educada, como uma necessidade humana, mas é vista muito mais como um desejo a ser gratificado. Acaba-se consumindo espiritualidade. Que fica restrita à horizontalidade e carece do sentido da graça e da noção de pecado.  

Educar o desejo significa dirigir o coração e os sentimentos para o alto, para a origem da vida e a fonte do sentido. Trata-se de ordenar os sentimentos para cultivar ideais possíveis, no respeito ao limite. 

Para os cristãos, educar para o desejo é trabalhar por uma ética do sacrifício que é motivada pela fé de que Deus recompensará até mesmo um copo de água dado com amor. Essa recompensa não está no tempo, mas além do tempo, porque a história para o cristão, não é o horizonte último nem o tribunal definitivo.  

Ora, não basta ser religioso para ser cristão, mesmo que ser cristão leve a ser religioso. Os ideais do Evangelho são superiores aos valores imanentes e a convivência civil.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

REGINA CAELI: A oração do Papa pelos gaúchos

Papa Francisco reza pelos gauchos (Vatican News)

Papa recorda durante o Regina Caeli o drama vivido peça população do Rio Grande do Sul. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou ao menos 55 mortes, 74 desaparecidos e 107 feridos até este sábado (4) em meio às fortes chuvas que atingem o estado. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, se manifestou ao Vatican News.

https://youtu.be/p-EHFzakgg8

Bianca Fraccalvieri - Vatican News

Ao final do Regina Caeli deste domingo, 5 de maio, Francisco manifestou sua solidariedade aos afetados pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul com essas palavras:

"Quero assegurar a minha oração pelas populações do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, atingidas por grandes inundações. Que o Senhor acolha os mortos e conforte os familiares e quem teve que abandonar suas casas."

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou ao menos 55 mortes, 74 desaparecidos e 107 feridos até este sábado (4) em meio às fortes chuvas que atingem o estado.  Ao todo, já são 317 municípios afetados devido aos temporais. As pessoas que estão em abrigos já somam 13.324, enquanto 69.242 estão desalojadas.  Já a população afetada pelo evento meteorológico soma 510.585 pessoas…

Ao Vatican News, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, assim se manifestou:

"A situação realmente é caótica. Temos várias vilas, bairros completamente debaixo d'água. A cidade de Eldorado do Sul praticamente toda debaixo d água. Em Canoas nós tivemos essa noite que evacuar mais de cinquenta mil pessoas. O Exército, a Defesa Civil, o pessoal das nossas comunidades, gente de fora do Estado, enfim, é muita gente colaborando. Ainda existe muita gente em cima de telhado de casas, até mesmo árvores, esperando por socorro. Parece que o Guaíba parou de subir agora. No entanto, ele vai permanecer por vários dias com nível alto. Vários bairros da cidade de Porto Alegre também estão debaixo d'água. O nosso centro administrativo também foi tomado pela água.  Enfim, várias igrejas... é realmente uma situação jamais vista não só aqui na nossa região, mas em todo o Estado."

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Domingos Sávio

São Domingos Sávio (A12)
06 de maio
São Domingos Sávio

Domingos Sávio nasceu em 2 de abril de 1842, em Turim, na Itália e morreu de uma doença incurável quando tinha pouco mais de 15 anos. Ele é padroeiro das mulheres grávidas e dos cantores infantis.

Seus pais eram camponeses muito pobres, mas cristãos muito devotos. Domingos cresceu querendo ser sacerdote e santo.

Foi aceito no colégio de Dom Bosco em Valdocco para estudar e assumiu para si a espiritualidade salesiana, marcada por uma vida alegre e responsável. Ele fazia trabalhos simples como varrer o chão e tinha especial paciência e cuidado com os jovens mais travessos.

Quando fez a primeira comunhão ele disse: “Confessarei e comungarei com frequência, meus amigos serão Jesus e Maria, antes morrer do que pecar”.

No dia 8 de dezembro de 1854, quando foi proclamado o dogma da Imaculada ConceiçãoDomingos Sávio se consagrou a Nossa Senhora, para confiar a ela o seu caminho de santidade. Em 1856, fundou a "Companhia da Imaculada", uma ação apostólica de grupo, na qual junto com seus amigos, rezavam e cantavam para a Virgem Maria.

Na biografia de Domingos Sávio escrita por São João Bosco ele narra que em várias ocasiões viu Domingos extasiado depois de receber a Comunhão.

Certa vez Domingos pediu a Dom Bosco a permissão para ir a sua casa. Seu formador lhe perguntou o motivo e o jovem respondeu: “Minha mãe está muito delicada e a Virgem quer curá-la”.

Dom Bosco perguntou de quem tinha recebido notícias e Domingos respondeu que de ninguém, mas que ele sabia. O sacerdote, que já conhecia seus dons, deu-lhe dinheiro para a viagem.

Sua mãe estava grávida e com fortes dores e a criança com dificuldade de nascer, ambos poderiam morrer, quando o jovem chegou para vê-la, abraçou-a fortemente, beijou-a e lhe deu um escapulário, depois foi embora. O bebê nasceu bem e sua mãe recuperou a força.

Tempo depois, Domingos disse à sua mãe que conservasse e emprestasse aquele escapulário às mulheres grávidas que necessitassem. Assim se fez e muitas afirmavam ter obtido graças de Deus com a ajuda do escapulário de Nossa Senhora.

Domingos tinha dons espirituais extraordinários, reconhecia a necessidade das pessoas e conseguia profetizar o futuro.

Ele foi diagnosticado com tuberculose. No dia 9 de março de 1857, Domingos, pediu ao pai para rezar com ele, terminada a oração, disse estar tendo uma linda visão e morreu.

Domingos Sávio tinha dois sonhos na vida, tornar-se padre e alcançar a santidade. O primeiro não conseguiu porque a terrível doença o levou antes, mas o sonho maior foi alcançado com uma vida exemplar.

Ele foi canonizado em 1957 pelo Papa Pio XII que o definiu como "pequeno, porém um grande gigante de alma". Suas relíquias são veneradas na basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em Torino, Itália, perto das de São João Bosco. A sua festa foi marcada para o dia 6 de maio.

Textos: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R I Colaboração: Nathália Queiroz de Carvalho Lima

Reflexão:

São Domingos Sávio mostra-nos na sua pequena trajetória de vida, que se cultivarmos o amor a Deus, o amor e o respeito ao próximo e a tolerância com alguns contratempos, poderemos evitar diversos acontecimentos dramáticos como os que vem acontecendo nas escolas, alunos agredindo professores, brigando entre si, crianças e adolescentes sem limites e sem horizontes na vida. Que a vida de São Domingos Sávio inspire muitos jovens a buscar a verdadeira felicidade que é viver uma vida de entrega e amor a Deus e aos irmãos, aspirando sempre a santidade.

Oração:

São Domingos Sávio, que com sua firme resolução "quero ser santo" obteve na juventude o esplendor da santidade, obtenha também para nós a perseverança nas boas resoluções para fazer de nossas almas o templo vivo do Espírito Santo e merecer um dia a bem-aventurança eterna no céu. Que assim seja, Amém!


Fonte: https://www.a12.com/

domingo, 5 de maio de 2024

De que depende o sucesso de um casamento? Papa Francisco responde

As Equipe de Notre-Dame foram reconhecidas pela Associação Católica Internacional do Vaticano em 1975 | Foto;Vatican Media

Discurso aos líderes internacionais do Movimento Equipes Notre-Dame

04 de Maio 2024

(ZENIT Notícias / Cidade do Vaticano, 04.05.2024).- Na manhã de sábado, 4 de maio, o Papa Francisco recebeu em audiência os líderes internacionais do Movimento Equipes Notre-Dame. É um movimento da Igreja Católica que reúne casais que desejam vivenciar plenamente as riquezas do sacramento do matrimônio. As Equipes de Notre-Dame foram reconhecidas pela Associação Católica Internacional do Vaticano em 1975 e pela Associação Internacional Privada dos Fiéis em 2002. Oferecemos uma tradução em espanhol do discurso do Papa. A tradução é nossa.

Tenho o prazer de conhecer vocês, líderes internacionais do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Obrigado por terem vindo e, acima de tudo, obrigado pelo seu compromisso com as famílias.

Sois um movimento em crescimento: milhares de Equipas espalhadas pelo mundo, muitas famílias que tentam viver o matrimónio cristão como dom.

A família cristã atravessa uma verdadeira “tempestade cultural” neste tempo de mudança e é ameaçada e tentada em muitas frentes. O vosso trabalho, portanto, é valioso para a Igreja. Acompanhais de perto os casais para que não se sintam sozinhos nas dificuldades da vida e na sua relação conjugal. Desta forma, sois expressão da Igreja «em movimento», próxima das situações e dos problemas das pessoas e comprometida sem reservas com o bem das famílias de hoje e de amanhã.

Acompanhar os casamentos é hoje uma verdadeira missão . Com efeito, salvaguardar o matrimónio significa salvaguardar uma família inteira, significa salvar todas as relações que se geram no matrimónio: o amor entre os cônjuges, entre pais e filhos, entre avós e netos; Significa guardar aquele testemunho de um amor possível e eterno, no qual os jovens têm dificuldade em acreditar . Os filhos , de fato, precisam receber dos pais a certeza de que Deus os criou por amor e que um dia também eles poderão amar e se sentir amados como mamãe e papai. Tenham a certeza de que a semente do amor, depositada em seus corações pelos seus pais, brotará mais cedo ou mais tarde .

Vejo hoje uma grande urgência: ajudar os jovens a descobrir que o matrimónio cristão é uma vocação, um chamamento específico que Deus dirige ao homem e à mulher para que possam realizar-se plenamente, sendo geradores, tornando-se pais e mães, e trazendo para ao mundo a Graça do seu Sacramento . Esta Graça é o amor de Cristo unido ao do casal, a sua presença entre eles, é a fidelidade de Deus ao seu amor: é Ele quem lhes dá a força para crescerem juntos todos os dias e permanecerem unidos.

Hoje pensa-se que o sucesso de um casamento depende apenas da força de vontade das pessoas. Não é assim. Se assim fosse, seria um fardo, um jugo colocado sobre os ombros de duas pobres criaturas. Já o casamento é um “passo a três”, em que a presença de Cristo entre o casal torna possível o caminho, e o jugo se transforma num jogo de olhares: um olhar entre o casal, um olhar entre os casal, noivos e Cristo . É um jogo que dura a vida toda, no qual venceremos juntos se cuidarmos do relacionamento, se o valorizarmos como um tesouro precioso, ajudando-nos mutuamente a atravessar a cada dia, mesmo na vida conjugal, aquele caminho que é Cristo. Ele disse: “Eu sou a porta: quem entrar por mim será salvo” (Jo 10,9). E por falar em aparência, uma vez, num Tribunal Geral, havia um casal, casado há 60 anos, ela tinha 18 anos quando se casou e ele tinha 21. Então eles tinham 78 e 81 anos. E eu perguntei: “E agora, vocês ainda se amam?” E eles se entreolharam e depois vieram até mim, com lágrimas nos olhos: “Ainda nos amamos!” Que bonito!

Por isso, gostaria de deixar duas breves reflexões: a primeira refere-se aos noivos. Cuide deles! É importante que os noivos vivam uma mistagogia nupcial, que os ajude a vivenciar a beleza do seu Sacramento e a espiritualidade do casal. Nos primeiros anos de casamento é especialmente necessário descobrir a fé no casal, saboreá-la, saboreá-la aprendendo a rezar juntos . Há tantos que hoje se casam sem compreender o que a fé tem a ver com a sua vida conjugal, talvez porque ninguém lhes deu testemunho antes do casamento. Convido-vos a ajudá-los num caminho - digamos - "catecumenal" de redescoberta da fé, pessoal e de casal, para que desde o início aprendam a dar espaço a Jesus e, com Ele, possam cuidar dos seus casado.

O vosso trabalho ao lado dos sacerdotes, neste sentido, é precioso; Muito podeis fazer nas paróquias e nas comunidades, abrindo-vos ao acolhimento das famílias mais jovens. Devemos recomeçar a partir das novas gerações para tornar fecunda a Igreja: gerar muitas pequenas Igrejas domésticas onde se viva um estilo de vida cristão, onde nos sintamos familiarizados com Jesus, onde aprendamos a ouvir aqueles que nos rodeiam como Jesus nos ouve. Vocês podem ser como chamas que acendem outras chamas de fé, especialmente entre os casais mais jovens: não deixem que acumulem sofrimentos e feridas na solidão de seus lares. Ajude-os a descobrir o oxigênio da fé com suavidade, paciência e confiança na ação do Espírito Santo.

A segunda reflexão é sobre a importância da corresponsabilidade entre cônjuges e sacerdotes no seio do vosso movimento. Compreendestes e viveis concretamente a complementaridade das duas vocações: encorajo-vos a levá-la às paróquias, para que leigos e sacerdotes descubram a sua riqueza e a sua necessidade. Isto ajuda a superar aquele clericalismo que recentemente fecundou a Igreja – cuidado com o clericalismo! -; e isto também ajudará os cônjuges a descobrir que, através do casamento, são chamados à missão. Com efeito, têm também o dom e a responsabilidade de construir, juntamente com os ministros ordenados, a comunidade eclesial.

Sem comunidades cristãs, as famílias sentem-se sozinhas e a solidão dói muito! Com o vosso carisma, podereis tornar-vos ajudantes atentos de quem precisa, de quem está sozinho, de quem tem problemas na família e não sabe com quem falar porque tem vergonha ou perdeu a esperança. Nas vossas dioceses podeis fazer com que as famílias compreendam a importância de se ajudarem mutuamente e de trabalharem em rede; construir comunidades onde Cristo possa “habitar” nos lares e nas relações familiares.

Queridos irmãos e irmãs, no próximo mês de julho tereis o vosso Encontro Internacional em Turim. No meio do caminho sinodal que estamos vivendo, este seja também para vocês um tempo de escuta do Espírito e de planejamento fecundo para o Reino de Deus.

Confiamos a vossa missão e todas as vossas famílias à Virgem Maria, para que Ela vos proteja, vos mantenha firmes em Cristo e vos torne sempre testemunhas do seu amor. Neste ano dedicado à oração, vocês possam descobrir e redescobrir a alegria de rezar, de rezar juntos em casa, com simplicidade e na vida cotidiana. Dessa vez não vou falar nada das sogras, porque aqui tem algumas! Eu te abençoo do fundo do meu coração. E peço que, por favor, ore por mim. Obrigado.

Fonte: https://es.zenit.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF